terça-feira, 22 de outubro de 2013

Como colocar limites em uma criança autista?

Começar desde cedo e não ceder aos gritos é o melhor para a criança


O autismo se caracteriza, entre outros sintomas, por rigidez e inflexibilidade do pensamento, linguagem e comportamento. A criança tende a adotar uma rotina própria, com rituais específicos e a apresentar grande sofrimento ao ter que abrir mão dos mesmos, como interromper gestos repetitivos e mudar de ambiente. Por isso mesmo, os pais podem acabar tendo problemas ao lidar com as crianças, e dúvidas como ?cedemos às suas ameaças ou resistimos??. Mas como todo filho, eles precisam de limites para crescerem felizes, com ou sem autismo

A criança autista tem mais problemas em ser contrariada?

Pelo déficit cognitivo, dificuldade de expressar sentimentos, presença de comportamentos obsessivo-ritualísticos, compreensão literal da linguagem, não aceitação a mudanças e dificuldades nos processos criativos, a criança autista pode ter crises de fúria diante das mudanças impostas. Quando contrariada e ouve um "não", ela se vê diante da frustração e pode reagir com muita raiva. 
A imposição precoce de limites nessas crianças é essencial, embora bem dolorosa, principalmente se os pais exageram na emoção ou culpa, perdendo a razão. Uma dica é estabelecer limites já nos primeiros anos de vida da criança, facilitando o seu aprendizado. Quanto antes a criança aprender a lidar com limites, raiva e frustração, melhor será a sua capacidade adaptativa. Cabe aos pais a decisão do que a criança pode ou não fazer e o ideal é que seja feito sem pena e sim com a certeza de que está se fazendo o melhor para o seu futuro.
A definição de regras a uma criança não é fácil, independente do diagnóstico de autismo, tanto que dificuldades em dar limites são amplamente descritas na literatura de crianças com outros transtornos e até em crianças sem problemas aparentes. Em qualquer situação é sabido que o estabelecimento precoce de limites é essencial a qualquer criança, já nos seus primeiros anos de vida. 
Nas crianças autistas, quanto mais precoce for a colocação de limites, menos penoso será o manejo com a criança ao longo da vida e mais fácil será o seu aprendizado e a sua capacidade adaptativa na vida. Quanto mais claros e objetivos forem os pais, mais rápido a criança entenderá o que é esperado dela, facilitando a sua compreensão de quando o "não" é de fato um "não". A autoridade parental deve ser exercida sem autoritarismo e a última palavra tem que ser sempre dos pais. 

Quando o grau é mais severo

Crianças com graus mais severos de autismo certamente demandarão mais esforços parentais na colocação de limites, até por conta dos prejuízos cognitivos e comportamentais serem mais crônicos. É possível que o sistema nervoso central seja mais imaturo e o quociente de inteligência (QI), menor. Tais déficits cognitivos podem dificultar a compreensão do seguimento de regras de obediência, da capacidade de lidar com a figura de autoridade e de interromper uma atividade prazerosa do momento. Casos mais graves têm demanda de definição de limites mais precoce, para uma melhor educação, sociabilização e amadurecimento cerebral bem como na promoção da saúde global do sistema familiar. 

Equilíbrio entre estímulo ao desenvolvimento com os limites

O compromisso dos pais com o estímulo e consequente desenvolvimento das habilidades infantis faz toda a diferença. Só que nenhuma criança é igual à outra. Por isso, cada família deverá seguir uma receita personalizada e única para a criança autista. 
Conhecimento da doença, bom senso e determinação deverão ser levados em conta no manejo da criança. A sua estimulação, portanto, será individual e de acordo com as suas características, cujos limites terão que ser respeitados e dentro do que ela é capaz de suportar. Os estímulos adequados funcionam como reforçadores positivos ao comportamento da criança. 
As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo do coeficiente intelectivo e da capacidade de comunicação verbal. Com o tratamento precoce e adequado, algumas crianças autistas poderão desenvolver aspectos de independência ao longo da vida. É do equilíbrio entre a estimulação e o freio nessas crianças que elas desenvolverão ao máximo o seu potencial e habilidades de vida, levando-se em conta os seus limites e o contexto ao qual ela se insere. 

Buscando ajuda

As terapias familiares são uma das peças chaves à educação da criança autista. A família não deve abrir mão do seu lazer, bem-estar e de seus limites. A criança autista deve ser tratada como um membro da família e não como um "soberano" ou um doente, a quem tudo é permitido. 
É recomendado que os pais conversem entre si e decidam as regras da casa. Pais de opiniões distintas criam um meio familiar confuso, com vários canais diferentes de comunicação. Sem parâmetros definidos, a criança pode desafiá-los. Ela aprende que insistindo exaustivamente, acabará obtendo o que deseja, pois os pais acabarão cedendo. A criança manipula os pais "tiranicamente", com total subserviência dos pais aos desejos e caprichos da criança. 
Os pais precisam ser firmes e taxativos no olhar, postura, palavras e atitudes. Jamais gritar ou bater. Resistir ao choro e gritos da criança, apenas contendo comportamentos autoagressivos. Uma rotina diária, justa e coerente favorecerá uma relação de confiança, em que os pais instruem e oferecem um modelo positivo a ser seguido. 
Outra dica importante é o diálogo. Espere um momento tranquilo em casa e converse com seu filho, explique os motivos pelos quais você não poderá satisfazê-lo sempre. Por vezes, não dar qualquer alternativa também é uma boa. Se a hora de sair do computador é 17h, ele deverá sair nesse horário e ponto final. Criando costumes com coerência, a criança tende a ficar menos resistente às regras. 

Lecionando para crianças e adolescentes com autismo: informações para pais e professores compartilharem

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Professores que contam com crianças e adolescentes com transtorno do espectro do autismo em sua sala de aula nem sempre sabem como fazê-los sentirem-se seguros para que aproveitem ao máximo não só a interação social que o ambiente escolar proporciona, mas também a oportunidade de aprendizado.
Os pais e cuidadores podem ajudar passando ao professor informações importantes, como as atividades que os deixam mais tranquilos (como brincar na areia) e as que desencadeiam crises de ansiedade ou de agressividade. Caso não saibam ao certo quais são elas, é importante relatar ao professor alguns casos em que a criança ou adolescente ficou agressivo. É possível que, no dia-a-dia e em meio a outros alunos, o professor identifique quais são as situações exatas que geram as crises, podendo relatá-las aos pais ou cuidadores.
Saber de antemão o grau de tolerância a barulho, estímulos visuais e aglomeração de pessoas prepara o professor para evitar crises. Caso aconteçam, ele deve saber se existe algum objeto, por exemplo, que acalme a criança nesse momento, para que os episódios sejam menos traumáticos. Vale a pena também tentar descobrir que lugares da escola ou mesmo pessoas – alunos ou funcionários – deixam a criança mais tranquila, para recorrer a eles nesses momentos.
Outro dado muito importante que o professor precisa conhecer é qual a maneira de interação que provoca a melhor resposta da criança ou adolescente com autismo. Alguns reagem a expressões faciais exageradas, enquanto outros preferem figuras ou bonecos. Nessa hora, vale a criatividade e a liberdade que as normas da escola permitem para utilizar objetos que estimulem o aprendizado, como fantoches, espelhos, massa de modelar e quebra-cabeças.
Por fim, como qualquer aluno, a criança ou adolescente com autismo tem suas preferências e dificuldades particulares. Informar ao professor em quais atividades seu desempenho é melhor permite o reforço das qualidades, fazendo com que a criança sinta-se valorizada e reconhecida.
Fonte: Autismo Discussion.

Atividades lúdicas para crianças com autismo

O autismo é uma desordem que faz parte de um grupo de síndromes chamada Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Essa disfunção afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente).

O autismo acarreta o comprometimento de 3 principais eixos:
  1. Interações sociais;
  2. Comportamentos estereotipados, repetitivos e restrição de interesses;
  3. Comprometimentos qualitativos na comunicação e na linguagem.
brincar, assim como para qualquer criança, representa um papel importantíssimo para o desenvolvimento da criança autista, pois contribui para a socialização, têm efeitos positivos sobre a aprendizagem, estimula o desenvolvimento de habilidades básicas e a aquisição de novos conhecimentos.

As atividades lúdicas que forem oferecidas para a criança com autismo podem estimular as áreas da interação social, comportamento e comunicação.

Segue algumas ideias de atividades para entreter uma criança com autismo e ainda contribuir para seu desenvolvimento:
  • Passeio no super carro: esta atividade consiste em puxar a criança sobre um colchão ou cobertor pelo quarto. Você deve fantasiar a brincadeira para ser interessante, por exemplo, dizer que agora a criança vai andar no super carro relâmpago McQueen (Disney) e estimular a criança a repetir a palavra passear quando quiser mais. Nesta brincadeira estimula-se a comunicação verbal e período de atenção por 10 minutos ou mais.
  • O sapo comedor de bolhas: para esta atividade você precisará de um fantoche de sapo e bolhas de sabão. A atividade consiste em fazer bolhas de sabão e com entusiasmo e animação fazer o sapo "comer" as bolhas. Dessa forma estimula-se a comunicação verbal quando a criança tem que dizer "bolha" para o sapo comer e o contato visual. O período de atenção é de 5 minutos ou mais.
  • Dado das brincadeiras: esta atividade desenvolve a atenção por 15 minutos ou mais, flexibilidade e participação física. Você precisará de um dado gigante que poderá ser confeccionado com papelão ou tecido. Cada face do dado deve conter uma ação a ser realizada pela criança, por exemplo:
PULAR - deve-se incentivar a criança a repetir a palavra "pular" e junto com ela pular o mais alto que conseguir.

RODAR - girar em torno do próprio eixo com a criança em seu colo.

ESCORREGAR - puxar a criança gentilmente sobre um cobertor.

BALANÇAR - balançá-la em seus braços, em uma rede ou em uma balança.

APERTAR - oferecer massagens com diferentes tipos de movimentos e intensidade de pressões em diversas partes do corpo da criança.

PASSEAR - levar a criança de "cavalinho" em suas costas.

É importante incentivar a pronúncia das palavras a cada atividade.

Muitas outras atividades podem ser encontradas em pesquisas pela internet. Há muito material que pode contribuir para o desenvolvimento das crianças com autismo.

O importante é compreender que ela é uma criança que precisa ser amada acima de tudo e estimulada um pouco mais para que se desenvolva. Livrar-se de todo preconceito e buscar informação são atitudes essências para ajudar uma criança com autismo.
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Como escolher atividades para crianças com Síndrome de Asperger



Como escolher atividades para crianças com Síndrome de Asperger


Como escolher atividades para crianças com Síndrome de AspergerComo escolher atividades para crianças com Síndrome de Asperger. Crianças com síndrome de Asperger gostam de se focar apenas em uma ou duas coisas que lhe interessam e excluem todo o resto. Jogos divertidos e atividades que façam-nas interagir com o mundo podem ajudar a compensar essa tendência. Naturalmente, cada criança joga de forma diferente, mas aqui estão algumas sugestões.





Instruções

    Passo a passo

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    Escolha livros que tenham algum tipo de interação. Livros pop-up, livros com imagens coloridas ou texturas interessantes podem deixá-lo entretido e além disso, ele ainda aprenderá novas palavras.
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    Vá ao parque. Exercícios são uma grande forma das crianças desabafarem. Playgrounds melhoram as habilidades motoras além das crianças se divertirem nos carrosséis, escorregadores e no balanços.
  3. 3
    Assista televisão ou filmes juntos e fale sobre os personagens. Você pode explicar o uso do sarcasmo em uma comédia ou explicar porque alguém chora em um drama. Isso pode funcionar como um tutorial que ajudará o seu filho no dia a dia
  4. 4
    Mantenha quebra-cabeças por perto. Crianças com síndrome de Asperger precisam desenvolver suas habilidade espaciais. Quebra-cabeças ou formatos de qualquer tipo são uma maneira divertida de fazer com que as crianças trabalhem com as mãos e pensem como encaixar as peças juntas.
  5. 5
    Jogue jogos de tabuleiro juntos. Isso proporciona interação social da maneira que crianças com Asperger se sentem mais confortáveis. E, como todas as crianças, jogos ajudam as crianças a aprender a lidar com a derrota.
  6. 6
    Cantem juntos. Pesquisas mostram que a música tem um poder importante na socialização em crianças com Asperger. Além disso, como todo mundo, providencia um momento agradável aprendendo novas palavras quando são encaixadas na música.