terça-feira, 25 de junho de 2013

Sites recomendados:

AMA - Associação de Amigos do Autista:

ABPp - Associação Brasileira de Psicopedagogia:

ABDA - Associação Brasileira do Déficit de Atenção:

ABD - Associação Brasileira de Dislexia:

ABRE: 

ABRATA - Associação Brasileira de Familiares e Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos:

ABENEPI - Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil e Profissões Afins:

ABPC - Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva:

ASTOC - Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo:

Observatório da Infância: 

Psiquiatria Infantil:

SaferNet Brasil:

Todos Pela Educação:

UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas:

Sites para aprendizagem:

ABC BEBELÊ - MODO INTELIGENTE E DIVERTIDO DE APRENDER:

Aprender é comigo:

RachaCuca-jogos online:


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ensino Superior

Ensino Superior

Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade.
Criado em 2001, o Inaf é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado em uma amostra nacional de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos. Elas respondem a 38 perguntas relacionadas ao cotidiano, como, por exemplo, sobre o itinerário de um ônibus ou o cálculo do desconto de um produto.
O indicador classifica os avaliados em quatro níveis diferentes de alfabetização: plena, básica, rudimentar e analfabetismo (mais informações nesta pág.). Aqueles que não atingem o nível pleno são considerados analfabetos funcionais, ou seja, são capazes de ler e escrever, mas não conseguem interpretar e associar informações.
Segundo a diretora executiva do IPM, Ana Lúcia Lima, os dados da pesquisa reforçam a necessidade de investimentos na qualidade do ensino, pois o aumento da escolarização não foi suficiente para assegurar aos alunos o domínio de habilidades básicas de leitura e escrita.
"A primeira preocupação foi com a quantidade, com a inclusão de mais alunos nas escolas", diz Ana Lúcia. "Porém, o relatório mostra que já passou da hora de se investir em qualidade."
Segundo dados do IBGE e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 30 milhões de estudantes ingressaram nos ensinos médio e superior entre 2000 e 2009. Para a diretora do IPM, o aumento foi bom, pois possibilitou a difusão da educação em vários estratos da sociedade. No entanto, a qualidade do ensino caiu por conta do crescimento acelerado.
"Algumas universidades só pegam a nata e as outras se adaptaram ao público menos qualificado por uma questão de sobrevivência", comenta. "Se houvesse demanda por conteúdos mais sofisticados, elas se adaptariam da mesma forma."
Para a coordenadora-geral da Ação Educativa, Vera Masagão, o indicativo reflete a "popularização" do ensino superior sem qualidade. "No mundo ideal, qualquer pessoa com uma boa 8.ª série deveria ser capaz de ler e entender um texto ou fazer problemas com porcentagem, mas no Brasil ainda estamos longe disso."
Segundo Vera, o número de analfabetos só vai diminuir quando houver programas que estimulem a educação como trampolim para uma maior geração de renda e crescimento profissional. "Existem muitos empregos em que o adulto passa a maior parte da vida sem ler nem escrever, e isso prejudica a procura pela alfabetização", afirma.
Jovens e adultos. Entre as pessoas de 50 a 64 anos, o índice de analfabetismo funcional é ainda maior, atingindo 52%. De acordo com o cientista social Bruno Santa Clara Novelli, consultor da organização Alfabetização Solidária (AlfaSol), isso ocorre porque, quando essas pessoas estavam em idade escolar, a oferta de ensino era ainda menor.
"Essa faixa etária não esteve na escola e, depois, a oportunidade e o estímulo para voltar e completar escolaridade não ocorreram na amplitude necessária", diz o especialista.
Ele observa que a solução para esse grupo, que seria a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ainda tem uma oferta baixa no País. Ele cita que, levando em conta os 60 milhões de brasileiros que deixaram de completar o ensino fundamental de acordo com dados do Censo 2010, a oferta de vagas em EJA não chega a 5% da necessidade nacional.
"A EJA tem papel fundamental. É uma modalidade de ensino que precisa ser garantida na medida em que os indicadores revelam essa necessidade", diz Novelli. Ele destaca que o investimento deve ser não só na ampliação das vagas, mas no estímulo para que esse público volte a estudar. Segundo ele, atualmente só as pessoas "que querem muito e têm muita força de vontade" acabam retornando para a escola.
Ele cita como conquista da EJA nos últimos dez anos o fato de ela ter passado a ser reconhecida e financiada pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Considerar que a EJA está contemplada no fundo que compõe o orçamento para a educação é uma grande conquista.”
Fonte: O Estadão

Sobre as dificuldades de aprendizagem…

Sobre as dificuldades de aprendizagem…

©Mª Dulce Miguens Gonçalves Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa
Numa perspectiva de senso comum, só alguns alunos têm dificuldades de aprendizagem. Para todos os outros, a grande maioria, tudo decorre normalmente, sem problemas nem sobressaltos. Esta forma de descrever as dificuldades de aprendizagem (pensar que “uns têm e outros não”) está, infelizmente, muito difundida na nossa sociedade. E nesta perspectiva, nenhum pai deseja saber que o filho está a passar por dificuldades ou precisa de ajuda. “Estará doente, atrasado, traumatizado? Por culpa de quem? E porquê o meu filho?” Sucedem-se os rótulos, as dúvidas, as ansiedades: “Será deficiente? O que fizemos de errado? O que vai acontecer?”

Sentir e ultrapassar dificuldades. ..

São assim a maior parte dos processos de descoberta e pesquisa científica. São assim as verdadeiras aprendizagens, aquelas que ficam para a vida, que nos mudam como pessoas e nos fazem crescer. São aprendizagens que promovem o desenvolvimento intelectual, ético, emocional. E sobretudo nestas aprendizagens, a dificuldade é parte integrante do processo. Pode haver momentos de “insight” (descoberta por uma intuição súbita - “eureka!”). Mas mesmo isso, surge muitas vezes depois de muita reflexão, de muitas tentativas e erros. Compreender, e sobretudo compreender o que numa ideia é essencial (aquilo que permite usá-la e relacioná-la com outras ideias), pode ser causa de muitas dificuldades... porque há dificuldades que são a matéria prima da própria aprendizagem. A forma como aprendemos, o que conseguimos aprender (ou não) depende em grande parte do que pensamos e sentimos em relação a nós próprios e ao nosso futuro. Mas além disso, depende muito da forma como concebemos a aprendizagem e de algumas certezas absolutas que tanto influenciam o nosso comportamento.

A dificuldade de definir “dificuldades…”

Nalguns países, a definição de dificuldade de aprendizagem é tão diferente e imprecisa que, se uma criança muda de região ou de estado, pode passar a ser avaliada de acordo com critérios diferentes, isto é, pode passar a ser classificada de forma diferente. Em Portugal, em função dos critérios de avaliação e diagnóstico definidos para uma escola ou turma, uma criança pode deixar de “ter” (ou passar a “ter”) um distúrbio ou uma dificuldade de aprendizagem. Em Portugal não existe nenhum sistema de avaliação e classificação oficial de Dificuldades de Aprendizagem, preferindo-se a designação necessidades educativas especiais.
Mas, até certo ponto, porque todos somos diferentes, todos temos necessidades educativas específicas:
  • alguns alunos precisam de muito tempo para fazer as coisas, outros só trabalham bem sob pressão.
  • alguns alunos precisam de estudar sozinhos e em silêncio, outros com um ruído de fundo (num café, por exemplo)
  • para alguns alunos é quase impossível estudar de manhã, preferindo o fim da tarde ou mesmo a noite.
  • alguns precisam de ler muitas vezes, outros preferem escrever (copiar, fazer resumos, tomar notas), a outros basta estar com muita atenção nas aulas para conseguir extrair as ideias fundamentais.
As necessidades de aprendizagem de cada aluno variam em função das matérias, das disciplinas, das situações e emoções do momento. Por isso, a questão nunca deve ser colocada de uma forma demasiado simples e redutora.
As dificuldades não são uma característica do aluno, caracterizam a forma como o aluno se está a relacionar com uma situação de aprendizagem.

O que podem fazer os pais?

Todos os alunos têm direito a um vasto conjunto de medidas pedagógicas e psicológicas que os ajudem a desenvolver a sua aprendizagem da melhor forma possível. Quando o aluno, os pais ou os professores estão insatisfeitos com a qualidade da aprendizagem (com os resultados escolares, com a capacidade de utilização dos conhecimentos adquiridos, com o seu contributo para o projecto de vida do aluno) é preciso parar para pensar, observar e descrever objectivamente a situação.
  • Que objectivos de aprendizagem o aluno ainda não alcançou?
  • Qual o seu nível de desempenho actual?
  • Como tem vindo a evoluir?
  • Que tentou fazer o próprio aluno? e os professores? e os pais?
  • Que mais se pode fazer?
  • Quem pode ajudar?
  • Como se podem registar e medir eventuais progressos?
Este tipo de análise é normalmente realizado no contexto escolar, por vezes em colaboração com os pais. Os pais podem ser convocados pelo director de turma para tomarem conhecimento ou para darem o seu parecer sobre algumas medidas de apoio.
Os objectivos de um contacto com a escola:
  • Ficar a saber se a escola partilha ou não de algumas das suas preocupações.
  • Comparar o desempenho do seu filho com o desempenho do grupo-turma a que pertence.
  • Perceber a que ritmo está a progredir o aluno.
  • Identificar outras necessidades e dificuldades identificadas pela escola.
  • Identificar formas de apoio que a escola pode proporcionar: acompanhamento por psicólogo, planos de apoio, complementos educativos e actividades extracurriculares.
  • Articular os seus esforços educativos com os da escola.

Prevenção de factores de risco.

As dificuldades de aprendizagem podem surgir em qualquer situação, idade ou momento do seu percurso escolar. Aprender exige esforço, persistência, coloca sempre dificuldades. Algumas tarefas escolares são repetitivas, rotinas que requerem motivação e persistência. Outras surgem com um grau de dificuldade crescente, exigindo uma constante evolução do aluno.
Perante um obstáculo, um erro ou um insucesso, os alunos reagem de diferentes modos: Alguns sentem maior empenho e insistem, por brio ou teimosia. Outros ficam aflitos, tendem a culpabilizar-se, sentem-se tristes, impotentes, e acabam por desistir. Alguns estão sempre a pedir ajuda, outros nem reparam que o problema existe.
Algumas destas formas de reagir, aumentam a motivação e conduzem a um melhor desempenho. Outras, pelo contrário, são prejudiciais, geram apatia e diminuem a qualidade do desempenho. Se surgirem de uma forma persistente, estes “hábitos mentais” aumentam o risco de insucesso, depressão e ansiedade. Um “hábito mental” é uma tendência pessoal para pensar e reagir de uma determinada maneira.
A forma como o aluno reage perante situações de dificuldade, pode determinar de forma significativa o seu nível de sucesso, de realização e desenvolvimento pessoal.
risco de dificuldades de aprendizagem é maior quando nos habituamos a sentir e a reagir de determinadas maneiras. Isto é, algumas atitudes e tendências pessoais são mais positivas efuncionais do que outras.

As dificuldades ajudam a aprender?

Acreditar que aprender é fácil, esperar que seja, surprender-se quando surgem dificuldades, insucessos, problemas, isso sim pode ser uma enorme dificuldade. Pensar desta forma fomenta a auto-indulgência e a passsividade do aluno. Pode diminuir muito a sua probabilidade de sucesso, porque diminui a sua capacidade de reagir e de enfrentar os problemas.
A aprendizagem, como a vida, é feita de problemas.
Acreditar que os problemas são obstáculos inesperados, injustos e insuportáveis é irrealista e pouco funcional. Ao contrário, acreditar que as dificuldades fazem parte do processo, que sãodesafios ou mesmo oportunidades pode ter um efeito mobilizador e resultados mais positivos.
Nenhum aluno está imune a dificuldades de aprendizagem. Mas quando elas surgem, a forma como o aluno reage é determinante. Uma atitude preventiva não pode eliminar todos os riscos, mas pode fortalecer os chamados factores de protecção. Quando as dificuldades surgirem, os seus efeitos serão menos graves, menos persitentes, menos prejudiciais. Muitos alunos são capazes de resolver, de ultrapassar a maior parte das suas dificuldades. Outros podem aprender a fazê-lo: com a ajuda dos pais, dos professores. Ou com a ajuda especializada de um Psicólogo Educacional, através de programas de treino individual ou em grupo. Objectivo: desenvolver atitudes e tendências pessoais mais facilitadoras do sucesso, aprender hábitos e métodos de estudo mais eficazes.

Como lidar com crianças com “dificuldades de aprendizagem"?

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Diagnóstico e acompanhamento


O termo 'dificuldade de aprendizagem' começou a ser usado na década de 60 e até hoje - na afetar qualquer área do desempenho escolar.

Na maioria dos casos é na escola que a criança sinaliza, e o professor o primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade. Mas os pais e demais membros da família devem ficar atentos ao desenvolvimento e ao comportamento da criança.
Segundo especialistas, as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar desde cedo um maior atraso no desenvolvimento da fala e dos movimentos do que o considerado 'normal'.
Mas os pais têm que ter cuidado para não confundir o desenvolvimento normal com a dificuldade de aprender. A criança tem um processo diferente de desenvolvimento - umas aprendem a andar mais cedo, outras falam mais cedo, não há um 'padrão' de desenvolvimento, portanto é importante que os pais respeitem o desenvolvimento natural da criança. Nesta fase o acompanhamento do pediatra torna-se indispensável para a avaliação precoce das reais dificuldades, estando atentos a cada fase do desenvolvimento e esclarecendo as expectativas dos pais.
No período escolar, crianças com dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares gerados por um sentimento de incapacidade, que leva à frustração.
Neste caso, valorizar o que a criança sabe para fortalecer sua "autoestima". Mostrar para a criança o quanto ela e boa em tarefas na qual ela tem habilidade e incentivá-la a desenvolver outras tarefas nas quais ela não está produzindo de forma satisfatória, é fundamental.
É preciso que ela se sinta segurança e que tenha a atenção necessária, estes fatores poderão contribuir para que a criança supere as frustrações. Criar um ambiente adequado para que ela desenvolva o estudo e estabelecer limite de horários para a realização das tarefas são outras dicas importantes, é preciso criar desde cedo autonomia e responsabilidade em relação aos estudos. O que não se deve confundir é dificuldade de aprendizagem com falta de vontade de realizar as tarefas.
Problemas de aprendizagem podem ser causados por uma simples preferência por determinadas disciplinas ou assuntos. Se os pais acreditam que seu filho apresenta dificuldades de aprendizagem, devem procurar um profissional para receber as orientações. Um acompanhamento multidisciplinar ajudará na avaliação das dificuldades.
Caso o diagnóstico da criança for dificuldade cognitiva, a criança deve ser encaminhada para um psicopedagogo que poderá ajudar no desenvolvimento dos processos de aprendizagem. Se for gerado por fator emocional, psicólogos com especialização em clinica infantil, são os profissionais adequados para realizar uma avaliação e tratar da criança. Ainda o acompanhamento com o neurologista ou o fonoaudiólogo é indispensável diante deste diagnóstico.
Para obter resultados concretos é preciso ser feito um trabalho em conjunto entre pais, escolas e especialistas, que deverão estar envolvidos com um único objetivo: ajudar a criança. E é imprescindível que os pais estejam atentos, conheçam seus filhos e conversem frequentemente com eles para que possam detectar quando algo não vai bem.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
O que é e como acontece?
A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar, andar, pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência. Com aproximadamente três anos, as crianças são capazes de construir as primeiras hipóteses e já começam a questionar sobre a existência.
A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que resulta de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em aprender. O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os. Procurando compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam à condição do sujeito e interferem no processo de aprendizagem, possibilitando situações que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de maneira prazerosa.
Segundo Maria Lúcia Weiss, “a aprendizagem normal dá-se de forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o mundo”. Atualmente, a política educacional prioriza a educação para todos e a inclusão de alunos que, há pouco tempo, eram excluídos do sistema escolar, por portarem deficiências físicas ou cognitivas; porém, um grande número de alunos (crianças e adolescentes), que ao longo do tempo apresentaram dificuldades de aprendizagem e que estavam fadados ao fracasso escolar pôde frequentar as escolas e eram rotulados em geral, como alunos difíceis. Os alunos difíceis que apresentavam dificuldades de aprendizagem, mas que não tinha origens em quadros neurológicos, numa linguagem psicanalítica, não estruturam uma psicose ou neurose grave, que não podiam ser considerados portadores de deficiência mental, oscilavam na conduta e no humor e até dificuldades nos processos simbólicos, que dificultam a organização do
pensamento, que consequentemente interferem na alfabetização e no aprendizado dos processos lógico-matemáticos, demonstram potencial cognitivo, podendo ser resgatados na sua aprendizagem.
Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas. Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum comprometimento no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, linguístico ou emocional (conversa muito, é lento, não faz a lição de casa, não tem assimilação, entre outros.), desestruturação familiar, sem considerar, as condições de aprendizagem que a escola oferece a este aluno e os outros fatores intraescolares que favorecem a não aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem na escola, podem ser consideradas uma das causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar. Não podemos desconsiderar que o fracasso do aluno também pode ser entendido como um fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus alunos. É preciso que o professor atente para as diferentes formas de ensinar, pois, há muitas maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas, construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos. O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria.
Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados pelo fracasso, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja uma questão de vontade do aluno ou do professor, é uma questão muito mais complexa, onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como os problemas de relacionamento professor-aluno, as questões de metodologia de ensino e os conteúdos escolares.
Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluno, por danos orgânicos ou somente da sua inteligência, para solucioná-lo não teríamos a necessidade de acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao ambiente familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno isoladamente.
A relação professor/aluno torna o aluno capaz ou incapaz. Se o professor tratá-lo como incapaz, não será bem sucedido, não permitirá a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento. Se o professor, mostrar-se despreparado para lidar com o problema apresentado, mais chances terá de transferir suas dificuldades para o aluno.
Os primeiros ensinantes são os pais, com eles aprendem-se as primeiras interações e ao longo do desenvolvimento, aperfeiçoa. Estas relações, já estão constituídas na criança, ao chegar à escola, que influenciará consideravelmente no poder de produção deste sujeito. É preciso uma dinâmica familiar saudável, uma relação positiva de cooperação, de alegria e motivação. Torna-se necessário orientar aluno, família e professor, para que juntos, possam buscar orientações para lidar com alunos/filhos, que apresentam dificuldades e/ou que fogem ao padrão, buscando a intervenção de um profissional especializado.


Dicas para os pais:
1. Estabelecer uma relação de confiança e colaboração com a escola;
2. Escute mais e fale menos;
3. Informe aos professores sobre os progressos feitos em casa em áreas de interesse mútuo;
4. Estabelecer horários para estudar e realizar as tarefas de casa;
5. Sirva de exemplo, mostre seu interesse e entusiasmo pelos estudos;
6. Desenvolver estratégias de modelação, por exemplo, existe um problema para ser solucionado, pense em voz alta;
7. Aprenda com eles ao invés de só querer ensinar;
8. Valorize sempre o que o seu filho faz, mesmo que não tenha feito o que você pediu;
9. Disponibilizar materiais para auxiliar na aprendizagem;
10. É preciso conversar, informar e discutir com o seu filho sobre quaisquer observações e comentários emitidos sobre ele.
Cada pessoa é uma. Uma vida é uma história de vida. É preciso saber o aluno que se tem, como ele aprende. Se ele construiu uma coisa, não pode-se destruí-la. O psicopedagogo ajuda a promover mudanças, intervindo diante das
dificuldades que a escola nos coloca, trabalhando com os equilíbrios/desequilíbrios e resgatando o desejo de aprender.
Por: Nádia Maria Dias da Silva

segunda-feira, 10 de junho de 2013

TODA A CRIANÇA É UM GÊNIO EM POTENCIAL

Lilian Camargo – Psicopedagoga Clínica e Institucional

Av. Japão, 259 - Alto do Ipiranga- Mogi das Cruzes - Tels: (11) 4727-5593/4794-2397
consultoriopsicopedagogico@outlook.com
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“TODA A CRIANÇA É UM GÊNIO EM POTENCIAL” (Moreno)

Uma criança que possui alguma dificuldade genética ou adquirida para o aprendizado, tem possibilidades de se tornar igual às demais.
Existe uma série de variantes biológicas que colocam as crianças diferenciadas quanto às maneiras de aprender. Subtende-se, portanto, que uma mesma técnica de ensino não abrange a todos. Cada um tem maior ou menor facilidade no aprender considerando as várias metodologias de ensino.
Estando a visão e a audição em perfeito estado, temos que considerar o entendimento do que vemos ou do que escutamos. Para que entendamos o que vemos e o que escutamos existe a necessidade do cérebro perceber e identificar com clareza o que nossos olhos enxergam e nossas orelhas escutam. As variantes cerebrais nesses entendimentos são as maiores causas de dificuldade no aprendizado.
Se uma criança tem um cérebro normal, mas com dificuldade para entender o que escuta, dizemos que sofre de uma “surdez central”. E se tem dificuldade para entender o que vê, dizemos que sofre de uma “cegueira central”. Essas variantes foram chamadas de Distúrbio da Percepção Auditiva Central (DPAC) e Distúrbio da Percepção Visual Central (DPVC).
Essas variantes numa sala de aula, quando um mesmo método de ensino é usado para todos, deixa uma percentagem de alunos na desvantagem frente aos demais. O aprender na escola passa a ser uma coisa sacrificante e desprazerosa, conduzindo a criança a um comportamento relutante e opositor dentro da classe passando a perturbar os demais.
O cérebro tem uma grande capacidade de modificar as suas potencialidades através do que chamamos de plasticidade cerebral. Foram desenvolvidas psicoterapias muito eficazes que conduzem a essas modificações facilitando todas as crianças a se oportunizarem no ensino e se tornarem pessoas independentes e altamente produtivas na sociedade.
Muitos gênios abandonam a escola por não ser entendido nas suas variantes, Albert Einstein foi um deles. Se seu filho tem dificuldade no aprendizado, procure um psicopedagogo.

Autor do texto: Dr. Paulo Mendonça, médico neurologista.